A LARANJA AMARGA
17 Out 2023 - Publicado por Vitaceutics
A Laranjeira amarga (Citrus aurantium) é uma árvore originária do Sudeste da Ásia tropical e subtropical, introduzida pelos árabes em países mediterrânicos e depois difundida em outras regiões do globo.
As suas partes utilizadas são as flores, pericarpo e mesocarpo (o fruto). O mesocarpo contém flavonóides responsáveis pelo sabor amargo (naringósido, não-hesperidósido) e outros não amargos (rutósido, hesperidósido, sinensetósido), óleo essencial com limoneno e outros monoterpenos, furanocumarinas, sais minerais, pectina e ácidos orgânicos (cítrico, ascórbico e málico);
É uma árvore de cujas flores, frutos e folhas, se extrai o óleo essencial. A p-sinefrina é um derivado de feniletilamina obtido dos frutos secos e imaturos da laranja amarga.
A p-sinefrina tem algumas semelhanças estruturais com a efedrina. No entanto, devido às diferenças estruturais, a p-sinefrina exibe propriedades de ligação ao receptor adrenérgico marcadamente diferentes. Assim, os efeitos cardiovasculares como um aumento na frequência cardíaca e da pressão arterial, não são observados nas doses usadas e não pode ser classificada como estimulante.
Exerce os seus efeitos através de múltiplos mecanismos bioquímicos. Aumenta a termogénese por ligação aos receptores adrenérgicos β-3, resultando num aumento na capacidade do organismo para quebrar as gorduras, que são posteriormente metabolizadas para produzir energia. Aumenta também o metabolismo dos hidratos de carbono ao facilitar a captação celular de glicose nas células musculares, bem como facilitando a glicogenólise, gluconeogénese, glicólise e captação de oxigénio.
Os bioflavonoides naringina e/ou hesperidina da laranja amarga demonstraram a capacidade de melhorar a sensibilidade à insulina e a tolerância à glucose, prevenir a biossíntese e a acumulação de triglicerídeos, inibir a biossíntese do colesterol e servir como antioxidantes e anti-inflamatórios. Um estudo mostrou que p-sinefrina associada à naringina e hesperidina aumentou 183 Kcal na taxa metabólica em repouso (RMR) em relação ao grupo placebo.