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PREVENÇÃO DAS DOENÇAS NEOPLÁSICAS

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS NEOPLÁSICAS

As doenças degenerativas são atualmente responsáveis pela maior parte da morbi-mortalidade em todo o mundo e são representadas, principalmente, pelas doenças cardiovasculares, as doenças pulmonares obstrutivas crónicas, a diabetes e o cancro. O cancro é uma das doenças com maior incidência no mundo, estando associado a importantes implicações a nível físico, psicológico e social. Habitualmente conduz a uma qualidade de vida diminuída, sendo um dos principais problemas de saúde do século XXI.

O cancro começa numa célula. A transformação de uma célula normal em tumoral é um processo multifásico, que costuma consistir na progressão de uma lesão pré-cancerosa a tumor maligno. Para que uma célula evolua de saudável a cancerosa tem que sofrer muitas alterações. Estas alterações são o resultado da interacção entre os factores genéticos e internos do paciente com os agentes ambientais:

  • Fatores internos
    • Mutações genéticas herdadas
    • Hormonas
    • Estado do nosso sistema imunitário
  • Agentes ambientais
    • Carcinogéneos físicos, como as radiações ultravioleta e ionizantes.
    • Carcinogéneos químicos, amianto, os componentes do fumo do tabaco, arsénico (contaminante da água potável), o benzopireno (presente nos alimentos fritos ou assados no forno a altas temperaturas).
    • Carcinogéneos biológicos, como as infecções causadas por determinados vírus, bactérias e parasitas.
    • O consumo de tabaco e álcool, uma dieta pouco saudável, a obesidade e a inactividade física são os principais factores de risco de cancro em todo o mundo.

 

Nos últimos 50 anos tem-se assistido a grandes desenvolvimentos sobre a compreensão do cancro a nível molecular. Na verdade, hoje sabe-se que todos os cancros são causados por alterações genéticas no DNA. De facto, o cancro é causado pela desregulação de várias vias de sinalização celular, que resultam na hiperproliferação das células tumorais. O estilo de vida, é muitas vezes um fator de risco para as doenças oncológicas:

  • 1/3 das mortes por cancro é atribuído a hábitos alimentares errados e à inatividade física.
  • 75 a 80% da maior parte dos cancros são causados por fatores associados ao estilo de vida.    
  • 30% dos cancros estão direta ou indiretamente relacionados com a nutrição.
  • 40% dos cancros podem ser evitados com mudanças no estilo de vida.

Prevenção das Neoplasias

 

Na oncologia atual é muito importante o tratamento multidisciplinar, envolvendo médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas não convencionais e muitos outros profissionais, devido à enorme complexidade da doença e suas diferentes abordagens terapêuticas. Também tem-se dado mais relevo às repercussões emocionais e interpessoais do cancro e seus tratamentos, bem como sobre o seu impacto no bem-estar dos doentes. Por isso, a importância de avaliar as necessidades psicossociais do doente, da sua família e dos profissionais de saúde. Existem algumas alterações comportamentais que podem ter um impacto muito positivo:

  1. Não fume e evite ambientes frequentados por fumadores.
  2. Mantenha um peso saudável, de acordo com as medidas adequadas à sua idade e sexo.
  3. Faça, diariamente, entre 30 a 60 minutos de actividade física moderada.
  4. Limite a ingestão de álcool.
  5. Faça uma alimentação saudável: Ingira 5 porções de fruta e hortaliça, bem como cereais integrais e leguminosas.
  6. Limite o consumo de sal.

 

 

Estudos revelam que, no âmbito da doença oncológica, os produtos à base de plantas, as vitaminas e os minerais contribuem para a manutenção da homeostase biológica, tendo ação anti-inflamatória, ação imunomoduladora e ação citotóxica, podendo aportar benefícios para o normal funcionamento do sistema imunitário e para a proteção das células contra oxidações indesejáveis. Devem ser utilizados para estimular o sistema imunitário, aliviar os efeitos dos tratamentos associados à doença e, em sinergia com o tratamento da medicina convencional, ajudar na luta contra a disseminação da doença. De entre as várias substâncias, destacam-se:

 

Curcuma: Nas últimas décadas tem havido um interesse crescimento na curcumina e nos seus derivados para o tratamento ou prevenção do cancro, tal como está indicado pelo aumento do número de publicações relacionadas com a curcumina nos últimos anos;

Reishi: Este cogumelo contém uma grande variedade de moléculas bioativas, incluindo fenóis, esteroides, aminoácidos, linhinos, micinas, vitaminas, nucleósidos e nucleótidos, mas são os polissacáridos e os triterpenos que são os dois principais grupos de componentes responsáveis pela ação imunomoduladora e/ou antioxidante, além das ações quimiopreventivas e tumoricidas;

Coriolus: É um dos fungos medicinais mais bem estudados e com ensaios clínicos bem fundamentados e a justificarem a sua aplicação numa grande variedade de cancros, incluindo o gástrico, esofágico, pulmões, mama e colorectal, com resultados muito interessantes. O coriolus demonstrou aumentar a produção de células imunitárias, melhoram os efeitos secundários associados aos tratamentos de quimioterapia e radioterapia